Tenho joaninhas nos olhos, borboletas na barriga, o universo na unha. Ando olhando para o chão e procuro pessoas, das quais a existência é invisível nos meus pés. Olho para o céu para procurar a lua e as estrelas atrás das nuvens. Todo o dia tenta ressuscitar o morto. Escrevo coisas que não fazer sentido. Falo o que vem em minha cabeça, tenho amigos invisíveis. Amo o mar. E adoro a neve que nunca vi. Vivo em um mundo paralelo. Nos meus ouvidos há musica. E volto ao nosso verão todo tempo. Tenho certeza que me lembrarei disso para sempre. Então, obrigada por ser eterno para mim.

(Anna E. Quintela)